Se você está atento às tendências do mercado digital, já deve saber que o Google anunciou o fim do Google Analytics que conhecemos atualmente depois de muitos anos no ar. A chamada versão Universal Analytics deixa de existir e dá lugar ao GA4. O antigo modelo se aposenta em julho de 2023, mas até lá é bom que você já esteja ciente das mudanças. Por isso, nesse post, vamos falar tudo o que já sabemos sobre o Google Analytics 4!

Por que GA4?

O nome escolhido pela empresa representa a versão atual em que a plataforma está. Este será o quarto modelo do Analytics, que surgiu oficialmente em 2005. A última versão, Universal Analytics, data de 2013 e ficará, praticamente, 10 anos no ar.

O GA4 estreou em 2020 em versão beta e se tornará definitivo no dia 1º de julho de 2023.

O que muda com o GA4?

Da estrutura à maneira como se captura os dados, o GA4 muda muita coisa em relação ao Universal. Mas, as principais são:

GA4 elimina a Vista de Propriedade

A estrutura foi remodelada e se antes a plataforma separava em “Conta”, “Propriedade” e “Vista de Propriedade”, agora agora é “Conta”, “Propriedade” e “Fluxo de Dados”.

Mecanismo baseado em evento

Além de alterar a estrutura, a atualização modifica algumas funcionalidades, como a forma de captura dos dados e os relatórios. Isso porque a versão antiga se baseava nas visualizações de página para carregar o código. Mas, agora isso mudou. O GA4 se baseia em eventos para coletar os dados. Ou seja, ele identifica as ações dos usuários no site ou no app para contabilizar aquela sessão.

Alguns exemplos de eventos que já são configurados pela ferramenta:

  • Visualizações de página
  • Cliques de saída
  • Rolagens
  • Pesquisa no site
  • Downloads de arquivo
  • e outros

Outra diferença entre as versões é que agora é você quem tem que configurar os eventos que quer mensurar. Além dos eventos citados, existem muitos outros. Então, você tem que escolher aqueles que fazem sentido acompanhar para não perder nenhum dado importante. Veja a lista completa de eventos disponíveis no GA4.

GA4 permite análise de aplicativo e site

Além disso, se antes o Universal Analytics era focado nos sites, agora a coisa mudou. Com as marcas investindo cada vez mais em aplicativos próprios, o Google sentiu a necessidade de adaptar a ferramenta para integrar essa funcionalidade.

Então, o GA4 torna possível medir seu site, os aplicativos (IOS e Android) e até um fluxo integrado entre site e app.

Atenção: para mensurar os dados dos aplicativos será necessário criar uma conta do Firebase, a ferramenta do Google.

Plataforma usa Machine Learning

O GA4 se baseia em Machine Learning que ajuda a identificar automaticamente as tendências nos dados para otimizar as estratégias. Ele pode auxiliar, por exemplo, na escolha dos públicos das campanhas que tenham maior potencial de conversão através das análises do histórico.

Isso parece um pequeno avanço, mas traz um potencial fator de inconsistência na atribuição de origens de conversões com outras ferramentas. Indo além da atribuição first click e last click, agora ela passa a ser feita com base em um algoritmo próprio do Google.

Na prática é uma solução encontrada para trazer maior assertividade e evoluir para o fim da dependência dos cookies para gerar métricas – que estão sendo bloqueados por diversas plataformas.

Novas métricas do GA4

O GA4 traz novas métricas que vão ajudar a entender melhor o comportamento do público no site e nos aplicativos. É uma evolução do modelo atual porque agora o tempo em que o usuário permanece no site ou app tem peso maior.

Sessões engajadas 

Uma sessão engajada acontece quando o usuário fica com o site ou app aberto em primeiro plano por 10 segundos. Se ele sair antes disso, contará como uma rejeição. Destaque para o aberto em primeiro plano, porque se o usuário estiver com o site ou app aberto, mas em outra guia, a sessão não será contabilizada.

Sessões engajadas por usuário 

É o cálculo da média de sessões que cada usuário engaja. Ou seja, se um usuário acessa uma página 4 vezes, mas em apenas 2 ele permanece nela em primeiro plano por 10 segundos (tempo necessário para contar como sessão engajada), significa que a média de sessões engajada por usuário é de 2 sessões.

Tempo médio de engajamento

Este é o tempo médio em que o usuário ficou com o aplicativo ou site em primeiro plano e é, talvez, a maior evolução da visão aplicativo + web que se tem com o GA4.

Taxa de engajamento

É o cálculo que se faz sobre a quantidade de pessoas que acessaram o site ou app e o número de sessões engajadas (que permaneceram por mais de 10 segundos em primeiro plano).

O que acontece com o histórico de dados do GA?

O Google ainda não revelou o que acontecerá após o encerramento do Universal Analytics, mas o que se sabe é que os dados não serão mais coletados e você não poderá levar os dados do GA para o GA4. Por isso, o recomendado pela própria empresa é iniciar o quanto antes a migração ativando a nova versão e utilizar as duas em conjunto, até que a versão antiga seja descontinuada. Assim, poderá acumular dados para usar a nova versão sozinha no futuro.

E, então, conseguiu tirar as suas dúvidas sobre o GA4?

Espero que esse artigo tenha sido útil. Se quiser saber também como anda a presença digital da sua empresa, baixe nosso modelo de análise de desempenho e melhore os resultados do seu site!